sexta-feira, 4 de março de 2011

ESPECIAL CARNAVAL: CUIDADO COM LATAS DE CERVEJA E REFRIGERANTE!


Coliformes fecais encontrados nas latinhas de cerveja e refrigerantes!
Você pode se assustar com essas informações mas em estudos realizados em diferentes locais do país, foi encontrado coliformes fecais – isso mesmo, fezes – nas latas de bares, supermercados e camelôs.  Verificou-se que a maior contaminação foi obtida nas latinhas do comércio ambulante, mas as dos estabelecimentos também continham problemas, explica o coordenador do estudo, o microbiologista João Carlos de Oliveira Tórtora.
 
CAUSAS
A falta de higiene pessoal, más condições do gelo e água utilizados nas caixas de armazenamento e a falta de informação dos vendedores ambulantes constituem as principais causas desse tipo de contaminação.

CONSEQUÊNCIAS
Muitas vezes sentimos desconforto abdominal ou diarréia durante o período de festas e sempre associamos ao que comemos quando na verdade pode ter sido alguma contaminação oral pelas latinhas.

ALERTA
Um hábito muito comum pelos vendedores ambulantes é o uso de paninho para retirar o excesso de água das latinhas. Jamais, em hipótese alguma, permita que o vendedor faça isso, pois não se sabe a procedência desse pano. Onde ele passou? Como ele limpou? Isso só ajuda a aumentar os riscos de contaminação.
Como as bactérias são invisíveis a olho nu, o consumidor fica à mercê da sorte. Para diminuir os riscos de contaminação, a saída é prevenir. Por isso segue as dicas:

  1. Limpe a superfície com guardanapo (retirado da embalagem por você mesmo)
  2. Dê preferência sempre ao uso de canudos ou copos descartáveis.
  3. Você pode levar a sua própria garrafinha ou o seu copo.
  4. Jogar água na lata antes de pôr a boca não resolve o problema mas pode diminuir levemente os riscos de contaminação.
  5. Latas com protetor de alumínio ajudam a prevenir contaminação da boca da lata
Agora que você está por dentro, repasse as informações e divirta-se!

Victor Vasconcelos
Médico Veterinário
CRMV-AL: 00634

terça-feira, 1 de março de 2011

CUIDADOS NA ESCOLHA DO QUEIJO COALHO

Tipo de queijo fabricado na maioria das vezes de forma artesanal e em queijarias de pequeno a médio porte. O queijo coalho garante uma rentabilidade de 10 mihões de reais por ano, sendo um produto importante no ponto de vista social e econômico, principalmente no Nordeste, onde é bastante consumido.

O problema está muitas vezes na obtenção da matéria prima, o leite, que podem apresentar um alto índice de microorganismos que prejudicam a qualidade do produto final. A falta de higiene dos funcionários e equipamentos também influenciam na qualidade do produto final. Além de que grande parte das empresas que fabricam o queijo coalho desconhecem ou não utilizam o que chamamos de "Boas Práticas de Fabricação" que fornecem medidas de higiene adequadas para a fabricação de alimentos.

MITOS
"Quanto mais furinhos o queijo tiver, mais gostoso."

Esses "furinhos" são chamados de olhaduras e podem ser de 2 origens:
  1. A primeira são olhaduras mecânicas e ocorrem no momento da enformagem do queijo durante a produção. Não provocam danos a saúde. 
  2. A segunda são oriundas de bactérias do tipo coliformes devido a contaminação do leite, falta de higiene no manuseio pelos funcionários, ou ainda falta de limpeza nos tanques utilizados na fabricação. Isso resulta em um queijo de sabor azedo e indesejável e pode provocar quadros de diarréia e infecção.
"O melhor queijo coalho é aquele que vende na banquinha da rua, pois é o verdadeiro e o mais gostoso."
Os queijos devem ser vendidos sob refrigeração para garantir a qualidade e evitar que os microorganismos se multipliquem no produto. Queijos vendidos em bancadas geralmente não são refrigerados e isso pode aumentar o risco de contaminação do queijo.

VERDADES
  1. Na hora de comprar o queijo coalho dê preferência aos queijos com menos olhaduras ou "furinhos" e avalie o queijo no seu aspecto geral. Lembrando que essas olhaduras em alguns queijos são desejáveis.
  2. Avaliar prazo de validade.
  3. Prefira comprar queijos coalho que são comercializados refrigerados. Evite comprar queijos em bancadas no meio da rua, sem refrigeração (hábito muito comum, por achar que esse queijo é o mais saboroso).
  4. Avalie a embalagem, se está intacta ou danificada
  5. Avalie a forma como está armazenado o queijo coalho. Não compre queijos que estão misturados com alimentos crus, pois os microorganismos desses últimos podem passar para o queijo.
  6. Avalie o arama, a forma, a consistência do queijo na hora da compra. Evite comprar queijos moles, de aroma estranho ao seu normal e danificados.
  7. RESUMINDO: se o queijo estiver refrigerado, sem danificação na embalagem, dentro do prazo de validade, bem consistente, cor e aspecto normais = Bom para o consumo!
    Essas dicas podem servir também para outros tipos de queijo. Agora que você já sabe, passe essas informações adiante e fique de olho no que você consome!
Queijo coalho em boas condições para consumo
Victor Vasconcelos
Médico Veterinário
CRMV-AL: 00634

domingo, 27 de fevereiro de 2011

CUIDADO COM O QUE VOCÊ COME NA PRAIA!

Verão, é tempo de curtir o sol e o mar. A praia é o principal destino de muita gente nessa época do ano e o consumo de alimentos acaba sendo inevitável, e são os produtos de origem animal os mais procurados. O grande problema é a forma como esses alimentos são manipulados e comercializados, resultando em contaminação por bactérias que podem provocar sérios agravos a saúde.

"COLIFORMES FECAIS" ENCONTRADOS EM PRODUTOS VENDIDOS EM PRAIAS DE MACEIÓ
Em trabalho realizado pela Médica Veterinária Alagoana Vívian Amorim, detectou-se sérios problemas quanto a qualidade microbiológica de alguns produtos de origem animal comercializados em 6 praias urbanas de Maceió (Guaxuma, Cruz das Almas, Sereia, Pajuçara, Ponta Verde e Jatiúca).

Foram investigados: queijo de coalho, camarão, churrasco bovino, churrasco de frango e ovo de codorna. A pesquisa foi realizada em agosto de 2009 e comprovou que todas as amostras coletadas apresentaram índices de coliformes termotolerantes (bactérias encontradas em fezes humanas e animais que podem provocar graves doenças), acima dos valores permitidos. Isso indica a não conformidade com os padrões permitidos para o consumo humano.
As amostras encontradas nas praias citadas é um reflexo do que acontece, não só na cidade de Maceió, mas em todo o Brasil. Essa é uma realidade nacional e a maior dificuldade encontra-se nos hábitos e comportamentos das pessoas, fator fundamental para qualquer programa eficaz de higiene e boas práticas de manipulação e fabricação de alimentos.

CAUSAS
A manipulação inadequada desses alimentos, a falta de higiene pessoal do vendedor ambulante, as altas temperaturas em que os produtos são manipulados e comercializados, representam as principais causas da contaminação desses produtos.

É preferível que você leve alimentos preparados em casa, armazenados adequadamente em isopor ou caixa térmica. Se for levar produtos perecíveis como carnes, queijos e outros, coloque uma camada de gelo por cima e não demore para consumir, até 2 horas de preferência.

DICAS ANTES DE COMPRAR ALGUM ALIMENTO NA PRAIA:
  • Verifique as condições gerais do vendedor - uniforme (touca, camisa com manga, luvas de plástico);
  • Informe-se sobre o tempo de preparo daquele alimento;
  • Analise as formas de armazenamento daquele produto: se os depósitos estão limpos, se o isopor tem gelo o suficiente e quais as condições desse gelo.
  • Dependendo do local, observe se o vendedor tem o hábito de lavar as mãos.
  • Evitar comer produtos mal passados - a temperatura de preparo diminui a quantidade de bactérias.
  • Dê preferência a consumir alimentos de bares e restaurantes.
  • Ao sentir sintomas de desconforto ou dor abdominal, diarréia e/ou vômito, procurar um posto médico rapidamente.
As doenças transmitidas por alimentos crescem a cada ano e a maioria dos consumidores não conhecem as causas, fazendo com que tais doenças se tornem constantes. Agora que você está informado, passe adiante e dessa forma fazemos a nossa parte.

Victor Vasconcelos
Médico Veterinário
CRMV-AL: 00634

Referência: Cláudia Vívian de Oliveira Amorim. Determinação de coliformes fecais termotolerantes em alimentos de origem animal comercializados por ambulantes em praias urbanas de Maceió-Alagoas.

ALERTA! CATCHUP: SACHÊ X BISNAGA DE PLÁSTICO

Você acaba de sair do trabalho e bateu aquela fome. Você se dirige a lanchonete mais próxima e pede um sanduba caprichado. Ao sentar-se na mesa, ele já está lá, esperando por você: o catchup. Até aí tudo bem, desde que ele esteja em sachês. Isto porque a Vigilância Sanitária não recomenda o uso de catchup/maionese/mostarda armazenados em tubos de plástico.


O grande problema está na contaminação por bactérias que podem provocar infecções leves a graves. Imaginem que um dos clientes da lanchonete em que você frequenta, vai ao banheiro e não lava as mãos. Logo em seguida ele manuseia o catchup que será utilizado por você. Ou então o funcionário que não higienizou a bisnaga antes de completá-la, deixando resíduos antigos que servem como alimentos para as bactérias. E ainda algumas pessoas que limpam o bico da bisnaga com os dedos. Ainda há relatos de que já foi encontrado saliva nas bisnagas. (Varcily Barroso, VISA-AM) .
ACREDITEM, ISSO É MUITO COMUM!

É por essas e outras que apresento 5 motivos para você NÃO CONSUMIR CATCHUP EM BISNAGAS DE PLÁSTICO:
  1. Risco de contaminação por funcionários que não se preocupam com higiene pessoal e dos utensílios, além da contaminação pelas pessoas que frequentam o local e por moscas e insetos.
  2. Acondionamento incorreto e produto exposto a temperatura ambiente. Esse produto deve ser refrigerado após o seu uso e o cliente pode exigir. No verão os riscos de contaminação aumentam.
  3. O desconhecimento da procedência do produto. Não se sabe se o tubo contém outras substâncias além do condimento.
  4. Acúmulo de resíduos de tempero que servem como alimentos para bactérias.
  5. Desconhecimento da validade do produto.
CONSEQUÊNCIAS
Os riscos variam desde um mal-estar até graves infecções intestinais. O local mais crítico é o bico do tubo, pois nele ficam impregnados resíduos que são a preferência das bactérias. O hábito do uso em bisnagas dificultam a disseminação das normas difundidas pela Vigilância Sanitária.

5 motivos para você CONSUMIR CATCHUP EM SACHÊS, que apesar de às vezes serem insuficientes para a nossa vontade, são mais seguros:
  1. São fabricados com padronização de higiene e segurança alimentar.
  2. São fechados e protegidos contra contaminações externas.
  3. Possuem validade e não exigem manipulação dos funcionários.
  4. São mais seguros e podem ficar expostos em temperatura ambiente por mais tempo, desde que fechados.
  5. Evita desperdícios.
Para as pessoas que acham uma chatice abrir os sachês, a novidade são os "abridores de sachês" já encontrados em grande parte dos estabelecimentos.
Agora que você já está informado, alerte os amigos e os familiares. E a partir de agora, catchup/maionese/mostarda SÓ EM SACHÊS!!

Victor Vasconcelos
Médico Veterinário
CRMV-AL: 00634

Você sabia que o Médico Veterinário é fundamental para a sua saúde e da sua família?

Pois é, este profissional, conhecido por todos como o "médico dos bichos", é fundamental na higiene e  inspeção dos alimentos de origem animal antes que eles cheguem até sua mesa. Sendo um pouco mais claro, todos os alimentos que você consome que se originam de animais como o leite e seus derivados, carnes, pescados, ovos, mel, etc, passam pelas mãos do Veterinário antes de chegar até você. Curioso não é? Mas não pára por aí. É o Veterinário que controla todas as doenças que atingem os animais de produção - aqueles destinados ao consumo humano - e previne as doenças que podem ser transmitidas do seu bichinho de estimação para você ou algum membro da família.      

O Veterinário também atua nas grandes redes de supermercados, prevenindo situações de risco aos  consumidores e proporcionando uma melhor qualidade dos produtos que serão consumidos. Além do mais, o Veterinário que atua na vigilância sanitária, inspeciona os restaurantes, lanchonetes e estabelecimentos alimentícios, com a finalidade de garantir alimentos seguros para o consumo humano.


ESCLARECENDO OS FATOS
Este profissional foi, inicialmente, inserido nas equipes de Saúde Pública por estar apto a obter um diagnóstico seguro, determinar um tratamento eficaz e controlar as doenças dos animais antes que estas viessem a ser transmitidas aos homens. Além disto, outras habilidades aprendidas durante a sua formação acadêmica e que tornaram-se privativas da sua profissão, como a higiene e inspeção de matadouros, frigoríficos e indústrias de produtos de origem animal, solidificaram a participação deste profissional na Vigilância Sanitária, Matadouros, Frigoríficos, Latícinios e Indústrias Alimentícias.

O QUE DIZ A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE?
A OMS tem destacado a importância do Médico Veterinário no planejamento e avaliação das medidas preventivas e de controle adotadas pelas equipes de Saúde Pública (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2002).

OUTRAS HABILIDADES DO MÉDICO VETERINÁRIO
Além das habilidades clínicas, esse profissional possui formação nas áreas de ecologia, biologia, epidemiologia, saúde pública, controle de zoonoses, medicina veterinária preventiva e até administração, o que lhes confere competência para atuar em qualquer área da saúde pública, inclusive coordenando setores e órgãos.

O fato da população ainda desconhecer a importância do Médico Veterinário na Saúde Pública tem sido uma barreira para a devida ocupação destes espaços. As atividades que este profissional desenvolve praticamente não são divulgadas e atribui a estes apenas a prática da clínica médica de animais de grande e pequeno porte. Agora que você já sabe, divulgue essas informações para outras pessoas e quando tiver oportunidade converse com um Veterinário sobre esses assuntos.

Victor Vasconcelos
Médico Veterinário
CRMV-AL: 00634
Tema 2010 para o Dia do Médico Veterinário - CFMV